Como a Programação de Marcapasso É Personalizada para Cada Paciente
Postado em: 03/03/2025
A implantação de um Marcapasso é um passo essencial para muitos pacientes com arritmias e outras disfunções cardíacas.
No entanto, a eficácia do dispositivo não depende apenas da sua instalação, mas também da forma como ele é programado para se ajustar às necessidades de cada pessoa.
Hoje você vai entender como esse processo ocorre e por que ele é tão importante para garantir um funcionamento ideal do dispositivo. Vamos lá?
A importância da programação individualizada
Cada paciente apresenta um padrão de batimentos cardíacos único e uma resposta diferente ao “Marcapasso“.
Por isso, a programação deve ser personalizada para garantir que o coração funcione da maneira mais eficiente possível.
Um marcapasso bem programado de acordo com suas particularidades:
- Evita batimentos desnecessários: O marcapasso só deve atuar quando o coração realmente precisar de suporte.
- Mantém um ritmo cardíaco adequado: A frequência programada deve se adaptar às necessidades do paciente, considerando repouso e esforço.
- Reduz o consumo de bateria: Ajustes precisos garantem que o dispositivo funcione por mais tempo sem necessidade de troca precoce.
Parâmetros ajustáveis no marcapasso
Os cardiologistas especializados na programação de dispositivos cardíacos ajustam diversos parâmetros do marcapasso para otimizar seu funcionamento.
Esses ajustes são feitos por meio de um programador externo, sem a necessidade de cirurgias adicionais.
Conheça alguns dos parâmetros a serem ajustados!
Frequência cardíaca mínima e máxima
O marcapasso pode ser configurado para garantir que o coração bata dentro de uma faixa segura:
- Frequência mínima: Define a menor quantidade de batimentos por minuto (BPM) permitida, garantindo que o coração não desacelere demais.
- Frequência máxima: Em modelos mais avançados, o dispositivo pode aumentar os batimentos de acordo com o esforço físico do paciente.
Modos de estimulação
Os marcapassos possuem diferentes modos de estimulação, que podem ser ajustados conforme a necessidade do paciente:
- Modo VVI: Estimula apenas o ventrículo, indicado para pacientes com fibrilação atrial crônica.
- Modo DDD: Atua tanto nos átrios quanto nos ventrículos, sincronizando os batimentos cardíacos de forma mais próxima do natural.
- Modo VVIR ou DDDR: Adapta a frequência dos batimentos conforme a atividade física do paciente.
Sensibilidade do dispositivo
O marcapasso deve ser sensível o suficiente para identificar os impulsos elétricos naturais do coração e intervir apenas quando necessário.
Com uma sensibilidade muito baixa, o dispositivo pode não perceber a atividade cardíaca e estimular desnecessariamente.
Já com uma sensibilidade muito alta, o marcapasso pode interpretar ruídos elétricos como batimentos e deixar de atuar quando necessário.
Monitoramento e ajustes periódicos
A programação do marcapasso não é estática e pode ser ajustada ao longo do tempo, conforme o paciente responde ao tratamento.
O acompanhamento médico regular é fundamental para avaliar a necessidade de novos ajustes. De modo geral:
- Primeira revisão: Normalmente ocorre poucas semanas após a implantação para verificar o funcionamento inicial do dispositivo.
- Revisões periódicas: Devem ser feitas a cada seis meses ou conforme a orientação médica.
- Monitoramento remoto: Alguns modelos permitem ajustes à distância, reduzindo a necessidade de visitas frequentes ao consultório.
Como a programação impacta a qualidade de vida
Uma programação bem ajustada garante que o paciente possa realizar atividades cotidianas sem desconforto.
Isso inclui desde realizar atividades físicas com segurança até evitar sintomas como fadiga e palpitações.
Se você tem um marcapasso ou precisa de uma avaliação da sua saúde cardíaca, não deixe de agendar uma consulta com um especialista!
Estou à disposição para cuidar do seu coração! Fique à vontade para entrar em contato e marcar um horário.
Cardiologista e Arritmologista
CRM: SP 173103
RQE: 78624
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