Como diferenciar palpitações normais de Arritmias perigosas

Postado em: 04/12/2024

Sentir o coração bater mais rápido ou de forma irregular é algo que muitos já experimentaram. Essas sensações, conhecidas como palpitações, podem ser inofensivas, mas em alguns casos, sinalizam problemas cardíacos sérios, como Arritmias. Saber diferenciar uma palpitação normal de uma arritmia perigosa é essencial para proteger sua saúde. Continue a leitura!

O que são palpitações?

Palpitações são a percepção dos batimentos cardíacos. Elas podem ser descritas como aceleradas, fortes, irregulares ou uma sensação de “falha” no ritmo do coração. Normalmente, ocorrem por estímulos temporários e inofensivos, como:

  • Estresse ou ansiedade.
  • Consumo excessivo de cafeína ou álcool.
  • Exercício físico intenso.
  • Alterações hormonais, como na gravidez ou menopausa.

Essas palpitações costumam ser passageiras e desaparecem sem causar danos. No entanto, quando ocorrem de forma persistente ou estão associadas a outros sintomas, podem ser um alerta para algo mais grave.

O que são arritmias?

Arritmias são alterações no ritmo normal do coração, que podem ser mais rápidas (taquiarritmia), mais lentas (bradiarritmia) ou completamente irregulares. Algumas arritmias são benignas, enquanto outras representam riscos sérios à saúde.

Ao contrário das palpitações ocasionais, as arritmias frequentemente têm causas subjacentes, como doenças cardíacas, problemas nas válvulas, hipertensão ou desequilíbrios eletrolíticos. A identificação e o tratamento precoce são fundamentais para evitar complicações.

Sinais de alerta: Quando a palpitação pode ser uma Arritmia perigosa?

Embora nem todas as palpitações sejam perigosas, alguns sinais indicam que pode ser uma arritmia e exigem atenção médica imediata:

  • Falta de ar ou dificuldade para respirar durante os episódios.
  • Dor ou aperto no peito.
  • Tontura ou sensação de desmaio iminente.
  • Palpitações frequentes ou prolongadas, sem motivo aparente.
  • Histórico de desmaios ou perda de consciência.
  • Histórico familiar de doenças cardíacas ou morte súbita.

Esses sintomas podem indicar condições como fibrilação atrial, taquicardia ventricular ou síndrome do QT longo, que exigem avaliação urgente.

Como é feito o diagnóstico de palpitações e Arritmias?

O diagnóstico começa com uma consulta detalhada, onde o cardiologista analisa o histórico do paciente, descrevendo a frequência, intensidade e duração das palpitações. Para confirmar se há uma arritmia, exames complementares são realizados, como:

Eletrocardiograma (ECG)

Registra a atividade elétrica do coração em repouso, identificando alterações no ritmo cardíaco.

Holter 24 horas

Monitora os batimentos cardíacos ao longo de um dia inteiro, detectando arritmias que não aparecem no ECG de repouso.

Monitor de eventos

Dispositivo que registra a atividade cardíaca em períodos mais longos, útil para arritmias esporádicas.

Teste ergométrico

Avalia o comportamento do coração durante esforço físico, detectando arritmias induzidas pelo exercício.

Estudo eletrofisiológico

Um exame mais avançado que mapeia o sistema elétrico do coração, usado em casos complexos.

Tratamentos disponíveis para Arritmias perigosas

O tratamento das ARRITMIAS depende do tipo e da gravidade da condição. Algumas opções incluem:

Medicamentos

Antiarrítmicos e betabloqueadores são frequentemente utilizados para controlar o ritmo cardíaco e prevenir novos episódios.

Ablação por cateter

Procedimento minimamente invasivo que cauteriza as áreas responsáveis pela arritmia, corrigindo o problema de forma definitiva em muitos casos.

Implante de dispositivos

Em casos graves, como bradicardias ou taquicardias ventriculares, dispositivos como marca-passo ou cardioversor desfibrilador implantável (CDI) podem ser indicados.

Mudanças no estilo de vida

Controlar o estresse, evitar estimulantes e adotar hábitos saudáveis pode reduzir a frequência de palpitações e melhorar a saúde do coração.

Impactos das Arritmias na qualidade de vida

“Arritmias” não apenas afetam a saúde física, mas também podem impactar significativamente o bem-estar emocional e social. Pacientes que experimentam palpitações frequentes ou episódios de arritmia grave frequentemente relatam ansiedade, medo e dificuldade em realizar atividades cotidianas, como trabalhar ou praticar exercícios físicos.

O impacto psicológico pode ser ainda mais pronunciado quando o paciente não entende a causa dos sintomas, levando a um ciclo de preocupação constante e piora na qualidade de vida. 

Além disso, em casos de arritmias mais graves, o risco de complicações, como insuficiência cardíaca ou acidente vascular cerebral, aumenta, tornando o acompanhamento com um especialista ainda mais essencial.

Outro aspecto importante é o impacto nas relações sociais. A insegurança de passar por episódios de arritmia em público pode levar a um isolamento social, reduzindo interações e atividades recreativas.

Por isso, buscar diagnóstico e tratamento precoces é fundamental. Com o suporte de um cardiologista experiente, é possível controlar os sintomas, tratar a causa subjacente e restaurar a confiança para retomar as atividades do dia a dia. A abordagem adequada não apenas melhora a saúde do coração, mas também proporciona mais qualidade de vida e tranquilidade ao paciente.

Como prevenir palpitações e Arritmias?

Embora nem todas as arritmias possam ser evitadas, algumas medidas ajudam a prevenir palpitações e a reduzir o risco de problemas cardíacos:

  • Manter uma dieta equilibrada, rica em frutas, vegetais e alimentos com baixo teor de sódio.
  • Praticar exercícios regularmente, respeitando os limites do corpo.
  • Evitar o uso excessivo de cafeína, álcool e outros estimulantes.
  • Gerenciar o estresse por meio de técnicas como meditação ou terapia.
  • Realizar check-ups regulares para monitorar a saúde do coração.

Essas ações não só ajudam a evitar problemas, mas também contribuem para um coração mais saudável e uma vida com mais qualidade.

Vamos conversar?

Se você tem sentido palpitações frequentes ou está preocupado com a possibilidade de uma Arritmia, é hora de buscar ajuda especializada. Como cardiologista com experiência em arritmologia, a Dra. Vanessa Puche oferece um atendimento completo, com diagnósticos precisos e tratamentos modernos para cuidar do seu coração. Agende sua consulta!